O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou nesta terça-feira(05) os números da safra 2011/2012, com destaque para a cana, milho, algodão e café , que registraram variações recordes.
A produção de
cana-de-açucar deve chegar a 745,2 milhões de toneladas, alta de 4,2% em
relação ao ano passado. Para o milho a previsão é de 68,5 milhões de toneladas,
aumento de 21,7%. Algodão 5,3 milhões de toneladas, com avanço de 4,6% e a
expectativa para o café, é de uma produção de 3 milhões de toneladas, alta de
13,6%.
Mauro André Andreazzi,
gerente de Coordenação Agropecuária do IBGE, afirmou que as estimativas devem
variar pouco, uma vez que as culturas já estão sendo colhidas. Com a
confirmação dos números, a safra de grãos brasileira pode bater recorde com uma
produção de 160,3 milhões de toneladas, 0,1% maior que em 2011. A área plantada no
Brasil também registrou aumento, de 2,5%, com 49,8 milhões de hectares em
produção, a maior desde 1975, quando as pesquisas começaram.
Milho é o destaque
Segundo levantamento
do IBGE, a produção de milho deve ser maior que a da soja pela primeira vez em
10 anos. Safra e safrinha juntas devem produzir 68,5 mi enquanto a safra de
soja encerra com uma queda de 12,4% e uma produção de pouco mais de 66 mi de toneladas. A
estiagem nas Regiões Sul e Nordeste do país prejudicou a soja. Já o milho
registrou incremento na área plantada, com produtor estimulado pelos bons
preços do produto, que tinham estoques nacionais e internacionais bastante
baixos.
Variações nos índices
de produção
Na comparação entre as
estimativas de abril e maio, o relatório do IBGE mostra que a cultura do
algodão teve alta de 3%, principalmente no Mato Grosso, estado que produz 58%
da safra nacional. A batata-inglesa teve um incremento de 5,1% na terceira
safra, levantamento difícil de fazer, segundo o pesquisador, porque os
produtores alternam as áreas de plantação para evitar pragas. Já o café teve
baixa de 0,6% devido ao excesso de chuvas provocando doenças e diminuindo a
produção.
O feijão teve queda de
2,1%. A primeira safra plantada no final do ano passado foi prejudicada por
problemas climáticos, mas os preços foram se recuperando na segunda safra e a
terceira já está sendo plantada com um bom preço. No entanto, Andreazzi diz que
talvez seja necessário importar feijão, porque, de acordo com dados da
Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), o consumo brasileiro de feijão é
de 3,7 milhões de toneladas por ano, enquanto a produção deve ser de 3,1
milhões de toneladas.
Fonte: Notícias Agrícolas // Paula Rocha
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