quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Preço baixo faz comercialização de algodão cair em Mato Grosso


Preço baixo faz comercialização de algodão cair em Mato Grosso
A comercialização do algodão em pluma andou a passos lentos nos últimos 30 dias, justificada pelos preços pouco atrativos. No último mês o preço da pluma, com base em Rondonópolis, cedeu 9,4%, saindo de R$ 51,9/@ para R$ 47/@, ficando próximo ao preço mínimo da Conab de R$ 44,6/@, aponta o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).

Um dos motivos é a tendência de seguir o preço na paridade de exportação, refletindo a queda dos preços internacionais. A produção de pluma da safra 2011/12 está 71% comercializada até o momento, uma evolução de apenas 5 pontos percentuais em relação ao mês passado. Para o caroço de algodão, a comercialização também foi devagar, pois os confinadores já estão abastecidos e encerraram a época de compra de insumos para fabricação de ração, já havendo 90% da produção de caroço em Mato Grosso vendida, evolução de 4 pontos percentuais em relação a setembro.

No segundo levantamento de comercialização da pluma 2012/13, houve um incremento nas vendas futuras, mas também tímido. De toda a produção de pluma esperada para a próxima safra no Estado, 694 mil toneladas, 35%, estão comprometidas com contratos de vendas futuras. 

sábado, 15 de setembro de 2012

Climatempo afirma que El Niño deve impulsionar safra brasileira 2012/2013


A safra brasileira do verão 2012/2013 deve ser impulsionada pela ação do fenômeno climático El Niño, em especial nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Após uma temporada em que houve queda de 3,1% na produção de grãos – passou de 162,84 milhões de toneladas para 157,81 milhões –, a expectativa é que os resultados voltem a ser positivos na próxima estação. “No Sudeste e Centro-Oeste, o clima será favorável para a safra de verão, que deve ter sol, calor e pancadas de chuva em níveis apropriados ao cultivo”, afirma Alexandre Nascimento, meteorologista da Climatempo Meteorologia, maior empresa privada do setor no país.
 
De acordo com o levantamento da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), as culturas que sofreram maior queda no último verão foram a soja (decréscimo de 6,58 milhões de toneladas) e arroz (diminuição de 2,35 milhões de toneladas). O estudo afirma que o principal fator que causou estes resultados foi o clima não favorável durante a estação, principalmente entre 15 de novembro do ano passado e 15 de janeiro deste ano. “No Sul, previsão é de chuva bem acima do normal. Uma situação completamente diferente do ano passado quando a chuva caiu de forma irregular no período da safra de verão”, diz Nascimento.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência




Agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência
Seca nos Estados Unidos vai provocar baixa nos estoques mundiais que levará, pelo menos, dois anos para ser recuperada. Momento é oportuno para o Brasil se tornar o celeiro mundial, aumentando áreas produtivas
 
“O agronegócio pode transformar o Brasil em uma potência. E o medo do mundo é que o país desperte para isso. O mundo sabe que poderemos dominá-lo pela boca. O Brasil tem tudo para conseguir isso, basta ser inteligente”, diz o presidente da Aprosoja, Pedro Nardes.

Segundo ele, há 20 anos se falava que iria faltar alimento no mundo. E esse momento chegou. Isso porque as expectativas são de preços favoráveis pelos próximos dois anos em função da seca que os Estados Unidos enfrentam. Essa condição afeta diretamente os estoques mundiais que já estavam baixos e, com essa frustração de safra americana vão permanecer, pelo menos, nos próximos dois anos muito baixos até que sejam recuperados.

“Depois dos Estados Unidos enfrentarem a seca, vamos vivenciar uma nova era. A era da falta de alimentos no mundo”, destaca. Isso porque a população tem aumentado e os espaços destinados a produção são pequenos. Só resta área ociosa na América Latina e na África. Os Estados Unidos produz 100% de sua área assim como a Europa. A China não tem mais onde aumentar sua área de produção. E quem será beneficiado com essa situação, se as leis no Brasil não atrapalharem, será a agricultura brasileira.

Hoje o país ocupa apenas 6,7% de seu território para a produção de grãos. Há 63% de matas nativas e o produtor, conforme Nardes, tem preservado, pois sabe a importância da preservação do meio ambiente para a continuidade de sua atividade. Todo agronegócio em conjunto, ocupa em torno de 27% do território nacional, incluindo pecuária, agricultura, todas as atividades. “O grão ocupa somente 6,7%. Temos muito o que expandir e sem derrubar uma árvore. Se dobrarmos nossa área, chegamos a 15% conseguiríamos dobraríamos a produção nacional. O Brasil tem muito espaço, só basta saber usar com inteligência, com projetos bem feitos e o governo ajudando o produtor brasileiro.

Principalmente no interior do Rio Grande do Sul, que estamos vendo a permanência somente das pessoas de idade e os jovens indo procurar um novo mercado de trabalho. Acredito que com essa seca nos EUA, vai mudar a visão da história e a visão do governo, especialmente dos governos perante nossa agricultura”, explica.

O agronegócio significa 40% do PIB brasileiro, apesar da pouca área destinada à atividade. “Falam que somos o celeiro do mundo, mas na última sabra obtivemos 170 milhões de toneladas contra 580 milhões de t produzidas pela China e 560 milhões de t pelos EUA. Não produzimos nem mesmo 1/3 desse volume e nos chamam de celeiro do mundo”, afirma.
Para o presidente da Aprosoja, é preciso considerar ainda que o país não necessita tanto de alimento como o resto do mundo, já que são 190 milhões de habitantes comprado com a China que é 1,3 bilhões de pessoas. “Não necessitamos tanto de alimento quanto eles precisam, mas temos condições de produzir e exportar mais”, declara.

Prevenção de desastres

Com relação a seca que a região Sul do Brasil enfrentou na última safra de verão, o presidente da Aprosoja comenta que os reflexos poderão ser sentidos pelos próximos cinco anos, até que o produtor se recupere das perdas. Isso porque, as comodities enfrentaram alta dos preços e, o custo de produção também ficou mais caro. “Sem haver uma justificativa, o preço dos insumos teve alta entre 30% e 40%. No ano passado trabalhávamos com cerca de US$ 900 a tonelada e agora está em torno de US$ 1.300 o mesmo fertilizante. Isso é um absurdo. E impacta na frustração do produtor”, diz.

Segundo Nardes, alguns produtores não terão crédito na próxima safra porque não conseguiram liquidar as dívidas. O financiamento 2011/2012 foi prorrogado, mas existem prestações antigas, de equipamentos por exemplo e elas estão sendo executadas. Na última semana, a Aprosoja conversou sobre o tema com o ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.

Para Nardes, o governo federal precisaria criar um fundo de catástrofe, porque no Brasil, já que não existe uma política agrícola definida programada para quatro a cinco anos, sendo todos os anos lançado um plano safra diferente, o fundo de catástrofe que o próprio agricultor seria o contribuinte, auxiliaria até mesmo para o seguro da lavoura. O fundo é uma das medidas que a Aprosoja tem discutido muito. Tanto no que tange a seca como a chuva em excesso. “A natureza é uma indústria céu aberto e necessita de uma proteção diferenciada”, salienta.

Ele exemplifica ainda que na atual seca que os produtores americanos estão enfrentando, o governo está subsidiando para os que estão tendo perdas, condição que não ocorre no Brasil. “Quando ocorre uma seca como a vivenciada neste verão no Estado, o produtor fica totalmente desprotegido. E tendo um fundo de catástrofe seria muito importante para o produtor e todos setores seriam beneficiados. A agricultura brasileira como um todo seria muito bem protegida”, conclui.

Safra de soja do Brasil 12/13 será recorde em 82 mi t




Safra de soja do Brasil 12/13 será recorde em 82 mi t
SÃO PAULO - A safra de soja do Brasil na temporada 2012/13 poderá atingir um recorde de 82 milhões de toneladas, ante 66,4 milhões de toneladas no ciclo anterior, informou nessa quinta-feira (30-08) a consultoria AgRural. 

A estimativa de produção para a safra cujo plantio começa em meados de setembro leva em conta a produtividade indicada por uma linha de tendência de dez anos.

A previsão considera um plantio recorde de 27,9 milhões de hectares, ante 25 milhões em 11/12, segundo a consultoria, que revisou nesta semana a sua projeção. Em julho, a AgRural havia estimado uma semeadura de 27,5 milhões de hectares.

O crescimento na área ocorre na esteira dos preços recordes da soja. Nesta quinta-feira, a commodity renovou uma máxima na bolsa de Chicago, com compras técnicas e preocupações com o tamanho da safra dos EUA, após o país sofrer com a seca mais severa em mais de 50 anos.

"A (área de) soja vai aumentar em cima de milho verão e algodão, na Bahia e Mato Grosso e onde mais puder plantar soja", disse o analista da AgRural, Fernando Muraro.

O câmbio também tem colaborado com a formação de preços em reais, enquanto as perspectivas climáticas são boas, devido à influência do fenômeno El Niño, normalmente associado a boas produtividades no Sul do país.

"É um momento fantástico da agricultura brasileira, é melhor momento da agricultura brasileira", acrescentou ele, em referência à principal cultura do Brasil.

Na temporada passada, a produção de soja caiu de forma acentuada, por conta de uma seca nos Estados do Sul.

A consultoria observa, no entanto, que o El Niño pode atrasar o início das chuvas e o plantio no Centro-Oeste. 

sábado, 25 de agosto de 2012

Aquaponia une peixes e plantas





Aquaponia une peixes e plantas
A produção de verduras com a água da piscicultura resulta num empreendimento sustentável que tem ganho espaço dentro do Estado criando interessados


A piscicultura mato-grossense, atividade que chega a produzir cerca de 35 mil toneladas de pescado por ano, já ganha novos investimentos no Estado. Os tanques, ao invés de produzirem apenas peixes, agora também são propícios para a plantação hidropônica de verduras. Com a junção da aquicultura e hidroponia forma-se a aquaponia, um método, que além de gerar mais renda ao produtor, garante produtos livres de agrotóxicos e pesticidas.

De acordo com uma das pioneiras do projeto, a presidente da Associação dos Aquicultores de Mato Grosso (Aquamat), Maria da Glória Bezerra, a iniciativa ainda carece de técnicas. Mas, a cada impasse superado, o resultado é uma alface de mais qualidade. “No ponto de vista do sabor está aprovado plenamente”, considera da produtora. A ideia de implantar a aquaponia em tanques de piscicultura surgiu após ela participar de seminário em Manaus, no Amazonas.

Para a presidente da Aquamat, a prática diversifica a produção e torna-se uma nova renda para aqueles que vivem da agricultura familiar. A plantação das mudas de alface ocorre acima das lâminas d’água do tanque. O primeiro desafio para Maria da Glória foi bolar uma estratégia de os peixes não se alimentarem das raízes. A partir de redes protetoras, as primeiras mudas começaram a prosperar. Apesar da proteção contra os predadores aquáticos depois foi a vez dos terrestres destruírem a pequena plantação. As folhas foram devoradas por lagartas e pássaros e a aquaponia ainda necessitava de complementos para funcionar. Maria da Glória solucionou o problema com a construção de moldura de três redes, sendo para proteger dos peixes, sustentar o caule do vegetal e afastar predadores aéreos.

“A minha aquaponia cultiva plantas em canteiros flutuantes. A alface se nutre da matéria orgânica e das sobras da ração”, explica. A produtora recebe a ajuda de duas espécies de peixe fuçadores que não permitem o acúmulo de restos de alimento acumulados no fundo do tanque: o piavuçu e o curimba.

Devido o contato direto com a água, os vegetais cultivados pela aquaponia precisam ser livres de qualquer veneno para não interferirem na saúde dos peixes. Uma das possibilidades para o extermínio das pragas seria os inseticidas caseiros feitos a partir de pimenta, fumo, cebola e alho. A alface pode ser comercializada a cada 60 dias, tempo bem inferior se comparado com o período de crescimento do peixe. A técnica, conforme Maria da Glória, seria outro impulso para o crescimento da piscicultura em Mato Grosso. “Já tem muitas pessoas interessadas na aquaponia no Estado e estou fazendo uma pesquisa que vai servir para muita gente”, conclui.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Pecuarista pisa no freio e confinará 20% a menos em 2012


As intenções de confinamento para 2012 não vão atingir o nível estimado. Uma soma de fatores como a alta de 122% no preço do farelo de soja neste ano, de 31% no valor do milho e o recuo de 6% na arroba do boi fizeram o produtor pisar no freio. Resultado: o número de animais engordados  nesta modalidade deverá ser 9% menor em relação a 2011 e 20% abaixo do total levantado em abril. É o que indica o segundo levantamento sobre a intenção de confinamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), apresentado nesta terça-feira (14).

Os analistas refizeram as contas e concluíram que ao final do ano devem ser confinados até 740,4 mil animais. Em abril, quando divulgou a primeira da série de três estudos, o Instituto estimava 929,9 mil bovinos. Em 2011, foram 813,9 mil cabeças.

Para o superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, a mudança de cenário entre os meses de abril e julho foi determinante para influenciar o resultado.

"É uma atividade de risco e é preciso perguntar quanto custa e para quem irá vender", avaliou o dirigente. Além do menor custo-benefício, o pecuarista também foi surpreendido pela melhora na disponibilidade de pastagem em função de chuvas especialmente entre os meses de maio e junho.

Seis das sete regiões mapeadas em Mato Grosso vão contabilizar queda no confinamento. A maior delas será no nordeste do estado, com 90,4 mil animais confinados em 2012. O número é 38,8% menor que o de 2011 (147.790 exemplares) e 38,9% perante abril, quando estimavam-se 147.940 bovinos.

No noroeste pecuaristas colocarão 26,3% a menos de animais neste sistema. Ou seja, passa de 4,7 mil em 2011 para 3,5 mil em 2012. Em abril, a pretensão era de 3,7 mil animais, representando agora uma variação negativa de 5,4% entre a primeira e a segunda intenção. 

Vão confinar menos também neste ano o norte (-14,6%); médio-norte (-3,9%), centro-sul (-12,1%) e sudeste (-1,4%).  Exceção para a região oeste que deverá superar o nível de confinamento de 2011. De acordo com o Imea, serão acima de 170 mil animais, resultado 6,3% acima dos 159,9 mil bovinos do ano passado. Mas entre abril e julho a intenção também sofreu um baque: -19,5%.  Naquele mês as pesquisas sobre o confinamento indicavam 206 mil cabeças para 2012.

Para o gestor do Imea, Daniel Latorraca, o percentual de alta no oeste só será possível porque, apesar da elevação de custos, as grandes indústrias mantêm projetos de confinamento. "A região cresceu porque os frigoríficos estão com confinamento próprio", observa o especialista.

Decisão Racional

Para Luciano Vacari, há fatores considerados positivos para avaliar o recuo na intenção de confinamento. O primeiro deles, como define o dirigente, é a tomada de decisão de maneira consciente.

Ou seja, o pecuarista preferiu agir com cautela e não assumir riscos que futuramente pudessem inviabilizar a atividade. "Confinamento é uma ferramenta tecnológica. Em alguns momentos será utilizada, mas em outros não", avalia Vacari.

Atualmente, cerca de 15% dos animais abatidos em Mato Grosso saem dos confinamentos. Mas Vacari pondera, no entanto, não haver riscos de uma falta de bovinos para as indústrias. "A oferta continua grande, pela pouca representatividade do boi confinado na escala".

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Milho Seca nos EUA movimenta preços


Relatório semanal divulgado pelo Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta que o impacto da estiagem norte-americana ainda incide positivamente nos preços do milho em Mato Grosso, mesmo com a ocorrência de chuva nos últimos dias. 


Apesar de o preço ter fechado abaixo do início da semana em 9%, houve um aumento de 2,5% em Canarana e de 2,4% em Primavera do Leste, em relação à última quinta-feira, informa.

Conforme o Instituto, possivelmente os preços tenderão a permanecer subindo caso se prolongue a seca nos Estados Unidos.

Com o impacto de tal fato o mercado local tende a permanecer superaquecido, beneficiando o produto que está saindo do campo e ainda não foi comercializado no Estado.

O preço do milho fechou a semana em R$ 24,00/sc em Primavera do Leste, R$ 21,80/sc em Campo Novo do Parecis e R$ 20,90 em Canarana, cita o boletim semanal.